
Chegamos a Pucón quando já estava escurecendo e fomos direto ao hotel. Check in feito, fomos ao quarto… quando fui à varanda, vi um céu absolutamente laranja! Não deu nem tempo de pensar. Saímos rápido, pra procurar um lugar pra ver aquele espetáculo. A questão é que o hotel não era exatamente na margem do lago. E cadê saber por onde ir… tínhamos acabado de chegar na cidade e ainda não havíamos nos localizado. Tenta daqui, tenta dali, acabamos conseguindo chegar em um local chamado La Poza, onde as pessoas costumam reunir-se justamente pra apreciar o pôr do sol.
Chegamos um pouco tarde. Os momentos de beleza maior já tinham passado. Mas deixaram, ainda, um espetacular alaranjado, que refletia na água do lago!
…
No dia seguinte, começamos pelo ícone de Pucón: o Volcán Villarrica.
O Volcán Villarrica fica no Parque Villarrica, a cerca de 20 km de Pucón. O acesso é gratuito. É um vulcão ativo… e bem ativo: são 59 registros de erupção, sendo a última em 2015. Seu nome, na língua mapuche, é Rucapillán, que significa “casa del diablo”.
O caminho até a base do Volcán Villarrica já traz paisagens muito bonitas…
Um dos grandes passeios da região é justamente a subida do topo, que fica a cerca de 2800 metros de altitude.
Nós não topamos a parada. Preferimos ir apenas até a base, onde, no inverno, funciona uma estação de esqui. Como ainda era primavera, estava tudo fechado. Não havia qualquer tipo de instalação funcionando, nem banheiros. Nesse particular, o Osorno (em Puerto Varas) ganha, porque mesmo fora da temporada de esqui, na sua base continuam funcionando o teleférico e a cafeteria. Mesmo da base, podem ser vistas paisagens muito bonitas.
Mas, como não havia nada mais pra fazer, após fazermos algumas fotos, decidimos descer e ir conhecer o Parque Cuevas Volcánicas.

O Parque fica a cerca de 14 km, tanto da base do Vulcão, quanto de Pucón.
É um conjunto de cavernas formadas a partir do fluxo da lava, de erupções pretéritas do Villarrica.
Numa visita guiada de cerca de uma hora, é possível entrar nessas cavernas. Antes, algumas explicações sobre a geologia da Terra, sobre os vulcões e a formação dessas cavernas. É intrigante estar no interior da Terra (cerca de 45 metros abaixo da superfície), andando por verdadeiros tubos formados pela passagem da lava, vendo as diferentes texturas que se formaram. A caverna conta com uma certa estrutura, com escadas e corrimãos em alguns pontos. Passamos, inclusive, por um local onde, muito mais abaixo na terra, é feito o monitoramento da atividade vulcânica.
Detalhes do interior da caverna…
A lava petrificada…
Apesar de interessante, achamos a visita muito rápida. Como estávamos com um grupo grande e o chão era muito úmido, todos(as) tínhamos que andar a um passo mais lento; e mal chegávamos a um ponto, o guia já nos chamava a seguir, sem dar tempo sequer de fazer uns clicks. Além disso, quase não conseguíamos ouvir as explicações que ele dava.
O ingresso ao parque custa $18.000 pesos chilenos e permite passear também por um bosque nativo, onde se chega cruzando uma ponte suspensa sobre um vale formado pela erosão. O local conta, ainda, com uma pequena cafeteria, com banheiros.

No Parque, ainda é possível fazer uma pequena caminhada até um bosque, atravessando uma ponte suspensa, sobre uma área de erosão forte, decorrente a última erupção…
Na saída do parque, uma caminhonete meio soterrada era mais um vestígio visível da última erupção.
Seguimos em direção a Ojos del Caburgua.

Ojos del Caburgua é um conjunto de quedas d’águas do Río Caburgua, numa área cercada por árvores, que está situada a cerca de 20 km de Pucón, mas em direção oposta ao Parque Cuevas. Há sinalização indicativa de onde se deve deixar a rodovia e pegar uma estradinha de terra.
Após uma curta distância, chega-se à entrada da propriedade, que é particular, com ingresso a CLP $1.500, por carro. Pouco depois da entrada se chega ao estacionamento. Dali, saem algumas das trilhas que levam a alguns mirantes, com vista para as quedas. São trilhas curtas, com corrimão; mas é necessário ter atenção com as raízes das árvores (o grande número de visitantes deixa as raízes expostas) e com o solo escorregadio (por conta da umidade que vem das quedas d’água).
As cachoeiras despencam em um lago, cujo destaque fica por conta da cor da água, entre o azul e o verde… belíssima!
Próximo às cachoeiras, está a Laguna Azul, um local com a mesma coloração linda da água.
Como a cor da água só se destaca com a luz, procure fazer esse passeio em um dia de céu aberto, com o sol alto, pra que possa ver toda a beleza do lugar. Quando chegamos, mesmo ainda tendo sol, já era meio da tarde; os Ojos ainda estavam iluminados, mas a Laguna já estava na sombra… não ficou tão bela…
O local é bem interessante, com um parque ao redor das cachoeiras, com mesas pra piquenique. Não é permitido tomar banho. No final das contas, apesar da beleza, não é um passeio demorado.
Daí porque seguimos em frente, até o Lago Caburgua, mais 7km adiante.
O Lago Caburgua é um local bonito, cercado de montanhas. A chegada é justamente na praia conhecida como Playa Negra, por conta da cor de sua areia (formada de lava vulcânica), numa faixa bem larga… Larga mesmo!
Dali, tentamos conhecer a Playa Blanca (o nome vem também da cor da areia)… mas os acessos que encontramos eram todos por propriedades privadas… Desistimos.
Para aproveitar que estava anoitecendo tarde, voltamos a Pucón. Fomos para La Poza, que rende belas fotos…
… e a tempo de assistir a mais um pôr do sol em La Poza…
… e com a lua a nos espiar…
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** Este não é um post patrocinado. O espírito do blog é de narrar histórias e experiências, de forma que esse escrito reflete unicamente a opinião dos autores.
*** Viagem realizada em março de 2018. Valores informados também correspondentes a março de 2018.