
O dia seguinte foi de muita chuva em Puerto Varas. Ficamos na cidade mesmo, andando pelas ruas… visitando lojas, o pequeno shopping que estava abrindo por lá, além de um pequeno mercado de artesanato, que fica na Plaza de Armas.
As ruas de Puerto Varas…

No meio das andanças, uma paradinha pra um café no Café a Pie… uma vendinha simpática, que fica na Calle Techada e é uma ótima pedida pra aquecer, principalmente em dias mais frios.
Calle Techada e Cafe a Pie
A descoberta do dia foi o restaurante Origen, que tinha aberto há pouco tempo. Com uma proposta de comida saudável, tendendo a vegetariana, tem um menu do dia por $5.500 pesos, incluindo entrada, prato principal, sobremesa, chá e pão; além de pratos a la carte, que incluem sanduíches e saladas. A comida é maravilhosa e o ambiente extremamente acolhedor. Virou nosso cantinho de almoço…
O charme do Origen
No dia em que conhecemos, tivemos: para entrada, “sopa fría de palta, pepino e ajo”; plato de fondo, “risoto de mote cítrico”; e postre, “iogurt com chía e frutos rojos”; acompanhado de chá gelado (com um leve gosto de gengibre) e pão caseiro e pebre de la casa. Tudo delicioso!
E as delícias do Origen
E o dia se resumiu a isso… algumas caminhadas e comidinha gostosa…
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Amanheceu ainda bastante nublado, com pequenas aberturas de sol, mas já quase sem chuva. Decidimos conhecer o Paseo Patrimonial de Puerto Varas, um conjunto de casas e igrejas, que representam a arquitetura dos colonos alemães do final do século XIX. Talvez sejam mais, mas o mapa da cidade mostra 11 casas residenciais, algumas ainda usadas com esta finalidade, em diferentes estados de conservação.
Casas Patrimoniales de Puerto Varas
São duas igrejas, uma luterana e uma católica, esta última, do Sagrado Corazón de Jesús, é um dos ícones de Puerto Varas. Está situada em uma colina, o que permite uma vista da cidade, e tem traços estilísticos do período romântico, embora suas linhas verticais predominantes lhe confiram um aspecto gótico. Nela, se destacam as torres vermelhas, visíveis de boa parte da cidade.
E, pelas ruas, imagens assim…
Pelo caminho, passamos pelo Parque Monte Calvario, que permite belas vistas da cidade.
Parque Monte Calvario

Aproveitando uma pequena abertura de sol e céu azul, fomos a um outro ponto marco da cidade: a escultura da Princesa Licarayen. Instalada no local conhecido como La Puntilla, é uma obra de Jaime López, artista boliviano, residente em Puerto Varas. Licarayen é personagem de uma lenda Mapuche, que representa uma princesa que teria sido sacrificada pra aplacar a fúria dos vulcões Osorno e Calbuco. (Teve gente que ficou caidinho por ela… rsrs… piadinha interna…)
O local é especialmente cênico e a escultura, em ferro vazado, permite composições muito bonitas (foto da abertura do post). Pena que o vulcão estava coberto e não permitiu a foto clássica da escultura com ele ao fundo.
Saindo da Puntilla, almoçamos no Origen e seguimos pra conhecer o Museo Pablo Fierro. O local é chamado de museu, mas é diferente de tudo que já vimos.

No local onde funciona, em frente ao lago, antes era a casa de bomba que canalizava água do Lago Llanquihue. E, num projeto que iniciou em 2002, com o objetivo de preservar a memória das casas e arquitetura da região, depois de alguns desmoronamentos e reformas, tornou-se o que é hoje: um espaço de arte e da memória cultural do sul do Chile. Do lado de fora, a imagem impressiona pela arquitetura e pelos objetos inusitados que estão na fachada e na decoração externa, incluindo carros antigos. Dentro, um sem número de objetos antigos, como artigos de demolição, móveis, luminárias, revistas, placas de automóveis, ferro de passar roupas, máquina de moer café, entre outros, sem qualquer ordem…
No meio de tudo, belíssimos quadros que retratam, com um nível impressionante de detalhes, as casas, ruas e paisagens do sul do Chile, todos de autoria do próprio Pablo Fierro, artista que criou o local, hábil na utilização do lápis pastel (seco) e que recebe pessoalmente os visitantes e apresenta um pouquinho do lugar e de seu trabalho.
Pablo Fierro, em pessoa, com seus desenhos, sonhos e frases especiais…
O acesso ao museu é gratuito, mas colaborações são muito bem-vindas! E é possível ficar lá o tempo que quiser, tirando foto de muita coisa interessante… ou lendo e escrevendo mensagens… o local guarda um sem número de recadinhos escritos pelo próprio Pablo ou pelos muitos visitantes que passaram por lá…
O Museo fica na Avenida Costanera e tem um pequeno estacionamento ao lado.
Saindo do museu, terminamos a tarde em frente ao lago, com um solzinho tímido, mas ainda sem a visão do Osorno…
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** Este não é um post patrocinado. O espírito do blog é de narrar histórias e experiências, de forma que esse escrito reflete unicamente a opinião dos autores.
***Viagem realizada em março de 2018. Valores informados também correspondentes a março de 2018.