
Como anunciamos no último post sobre Puerto Varas, saindo do Lago Todos Los Santos, decidimos ir a Frutillar.
Pegando a estrada de volta, chegando a Ensenada, ao invés de retornar a Puerto Varas, para de lá ir a Frutillar, resolvemos fazer o caminho mais longo, e mais cênico, dando a Volta ao Lago Llanquihue. Decisão acertadíssima! São paisagens belíssimas, de uma estrada que margeia o lago, em sua maior parte, emoldurada pelos vulcões, em especial, o Osorno. Foram muitas paradas pra fotos…

Uma dica pra essa volta ao lago e também pra o percurso entre Frutillar e Puerto Varas: procure sempre ir pelas estradas locais. Se estiver usando GPS, ele sempre vai indicar o caminho pelas rodovias principais. Esqueça e siga pelas secundárias: são mais bonitas, mais tranquilas e passam mais perto do lago.

Chegando a Frutillar, estacionamos e fomos à procura de um café. Escolhemos o Duendes del Lago, com uma vista linda do Llanquihue e pedimos um café com kuchen, a torta típica da região, de origem alemã. Não tem foto da kuchen, mas tem do café que vem com uma decoração caprichada, no clima da cidade!
Frutillar é uma pequena cidade que respira música, distante cerca de 10 km de Puerto Varas. Foi fundada em 1856, com a chegada de colonos alemães, que, com sua cultura, trouxeram um elemento que é o traço marcante da cidade: a música.
Ao longo do tempo, foram diversas iniciativas e manifestações que permitiram que a música se mantivesse como um elemento pujante da comunidade. Dentre essas, destacam-se as Semanas Musicales de Frutillar, um evento anual de música erudita, que acontece, ininterruptamente, desde 1968.
E esse traço musical está espalhado por toda a cidade, incluindo-se a decoração da orla do lago.
Detalhes da decoração da orla de Frutillar…
E foi por lá que ficamos, fazendo muitas fotos, aproveitando um entardecer lindo…
Quando o sol se escondeu atrás das montanhas que envolvem Frutillar, decidimos regressar a Puerto Varas. No caminho, pela estrada secundária, um pôr do sol especial…
…
Dia seguinte, dia de sol… acordamos, fizemos a saída do hotel, colocamos as malas no carro e voltamos pra Frutillar. Faltava ver o Teatro Del Lago e o Museo Colonial Alemán.
Era uma nova perspectiva de luz, agora com o sol vindo da direção do lago.

Passeamos um pouco, esperando a hora da visita guiada do Teatro. Fizemos muitas e bonitas fotos, do lago, da cidade, das casas…
Hora da visita guiada, que era uma das coisas que queríamos muito fazer. Infelizmente, quando estivemos por lá, não aconteceu nenhum espetáculo no teatro. Então, tivemos que nos contentar com a visita guiada, pra conhecê-lo por dentro.
O Teatro del Lago foi erguido onde ficava o Hotel Frutillar, destruído por um incêndio, em 1996. De iniciativa essencialmente privada, a construção foi iniciada em janeiro de 1998. E, com a colaboração de muitas pessoas e empresas, incluindo a gigante Nestlé, a inauguração definitiva aconteceu em 2010, com um investimento final de 44 milhões de dólares.
O projeto arquitetônico tem um desenho, exterior e interior, bem como acabamentos, inspirados na arquitetura tradicional alemã, predominante na região. A fachada é de madeira sobre baquelita, num trabalho artístico e colorido típico, com um teto de cobre, produto da mineração chilena. O edifício conta com isolamento térmico y acústico.
E o Teatro foi o ponto de alavanca essencial pra aquilo que já era a essência de Frutillar, a música, porque trouxe um espaço adequado e belíssimo para apresentações de todos os gêneros de música, e, ainda, pra teatro, dança e as diversas expressões artísticas. Hoje, é um espaço multicultural e democrático, que sedia inúmeros concertos, festivais e shows, incluindo as Semanas Musicales.
A visita guiada, além de toda a informação sobre a construção e arquitetura do Teatro, mostra suas instalações. Entre elas, a Sala Principal que é o Espacio Tronador – Sala Nestlé, com uma capacidade aproximada de 1.200 poltronas de materiais especiais, num auditório em três níveis, cercado de mais ou menos 800 painéis acústicos, cada um com um desenho específico, para permitir uma acústica de nível internacional.
Os 10 mil metros quadrados de construção tem, ainda, outros espaços, como o Anfiteatro Lago Llanquihue, uma Sala de Ballet e diversos salões multiuso, nos quais é possível realizar seminários, casamentos e outras atividades. É do aluguel de muitos desses espaços que vem parte da renda que sustenta o Teatro, que se mantém, como foi sua construção, com iniciativa privada.
Todos os salões têm vista para a magnífica paisagem que rodeia o edifício, incluindo o Lago Llanquihue e o Volcán Osorno.
E foi no Anfiteatro Lago Llanquihue que tivemos a surpresa da visita. A moça que nos guiava indagou se alguém se arriscava em executar alguma coisa ao piano. Todos(as) ficaram quietos(as). Foi quando um rapaz disse que aceitava. Foi em direção ao piano, sentou-se e iniciou a tocar. Logo, foi acompanhado por ela mesma, que começou a cantar lindamente. Era, então, um presente do tour, pra que tivéssemos a oportunidade de ver uma apresentação musical naquele lugar especial. Terminada a música, todos(as) encantados(as), aplaudimos intensamente.
Informações sobre o tour guiado no link.
Encerrada a visita guiada, fomos conhecer o Museo Colonial Aleman de Frutillar.
O Museo, que está situado em uma pequena elevação, num terreno de três hectares, recria a vida dos colonos alemães, que se instalaram na região a partir de 1852. Possui cinco construções típicas, todas em madeira, distribuídas como nas antigas estâncias.
As construções são “La Llavería”, uma pequena construção, onde está a administração do museu; “El Molino”, que foi trasladado desde a margem do lago; “La Casa del Herrero”, onde podem ser vistos maquinários e ferramentas essenciais para a vida e o trabalho dos primeiros colonos; “El Campanario”, onde se fazia a debulha do trigo e estão máquinas agrícolas e domésticas típicas e tradicionais daquela época; e por fim, a “Casona de Campo”, construída em 1889, com porte que expressa o auge econômico dos agricultores germanos daquela época. Dentro dela, encontramos objetos e utensílios originais do século XIX, que dão uma mostra do modo de vida das famílias naqueles tempos.
Além das construções, o museu conta com belos jardins e árvores centenárias, e dele se tem vista do Lago Llanquihue e do Volcán Osorno.
E lá, aos milhares, os pássaros dão um espetáculo…
Informações sobre visitas ao museu no link.
Saindo do museu, comemos umas empanadas na beira do lago, mais algumas fotos, e fomos comprar kuchen pra levar.
O lanche foi à beira do lago, porque não poderíamos perder as belas paisagens…

E aqui fica a dica: pra comprar kuchen, vá na rua de trás da que margeia o lago. Lá estão algumas fábricas: maravilhosas e mais baratas.
Nós fomos à Kuchen Lekerer, e compramos de framboesa e de creme de confeiteiro. Ainda compramos uns waffles deliciosos. Custaram $1500 a fatia de kuchen e $500 o waffle.
Lanche garantido, seguimos em direção a Pucón, nossa próxima parada!
No caminho, sempre uns instantes pra fotos…
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** Este não é um post patrocinado. O espírito do blog é de narrar histórias e experiências, de forma que esse escrito reflete unicamente a opinião dos autores.
***Viagem realizada em março de 2018. Valores informados também correspondentes a março de 2018.