ONDE A GENTE PRECISA IR PRA SE ENCONTRAR?

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Parque Nacional Volcán Irazú

Gosto de viagens, de viajar. Viajar é transformador. A gente não volta de uma viagem igual ao que foi, ainda que não perceba. Disse Mark Twain, numa de minhas frases favoritas, que “viajar é fatal pro preconceito, a intolerância e as ideias limitadas”.

Por conta desse gosto por viagens, acompanho muitos perfis e blogs de viagem… os mais variados, diga-se: de pessoas que tem viagem como trabalho, às que largaram tudo pra viver viajando, passando pelas que viajam de quando em vez, quando tempo e dinheiro permitem.

E um grupo especial tem me atraído a atenção: o das pessoas que resolveram “dar um tempo” em suas vidas profissionais, acadêmicas, etc., pra passar um tempo viajando, em geral pra lugares bem diferentes dos que viviam… o que se costuma chamar de “ano sabático”, que pode durar menos ou mais que um ano, e no qual aproveitam pra, de alguma forma, viver tudo aquilo que não viviam.

No relato dessas pessoas, elas falam como seus estilos de vida mudaram, como deixaram de dar importância a umas coisas e valorizar (e muito!) outras tantas… como passaram a viver com muito menos e a viver com muito mais profundidade as experiências… como se permitiram experimentar coisas que recusariam em outros tempos, pra descobrir que eram bem interessantes… são muitos aspectos que são modificados, porque viajar é transformador! Vê-se, dessas pessoas, declarações de que encontraram “sua essência” ou “seu modo de ser”, ou, por outro lado, que se libertaram daquilo que “não representava o que são”…

Mas uma pergunta tem me chegado à mente com frequência: onde a gente precisa ir pra se encontrar?

Tudo bem viajar pra se encontrar… tudo bem ficar onde está pra se encontrar… Cada qual sabe “a dor e a delícia ser o que é” e deve buscar a sua própria estrada… que é pessoal e especial pra cada um(a)…

Mas, fica aqui a reflexão, quem sabe pra gente olhar com mais cuidado a gente mesma(o), nossos conceitos e preconceitos, e aquilo que está ao nosso redor… pra, quem sabe, se dar conta de que essa “viagem” está mais perto do que estamos percebendo…

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Por Gardênia Moraes

Foto acima das nuvens, na Costa Rica, em 2014.

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