
O dia seguinte amanheceu novamente nublado e mais frio ainda (17ºC), mas resolvemos encarar os passeios mesmo assim. Sábia decisão. O dia abriu e acabou num lindo pôr do sol.
Solicitamos a troca de horário dos passeios, pra irmos ao Duto do Quebó pela manhã, voltarmos pra o Aquário Encantado pra o almoço e flutuação à tarde, pra finalizarmos o dia no Mirante do Cerrado. E assim foi.
Partimos em direção ao local conhecido como Duto do Quebó, para fazer boia cross.
A gente não sabe porque o local se chama assim. Na verdade, nem perguntamos isso. Talvez porque o percurso de boia é feito no rio Quebozinho e passa pela Caverna de Cerquinha, que não deixa de ser um “duto”.
Seja como for, é um passeio que, quando planejamos a viagem, não nos empolgou. Ficamos pensando naqueles passeios em que parece que o “objetivo” é derrubar as pessoas das boias, pra risada de todos. Mas, não. O passeio é uma delícia. Você sai deslizando calmamente (às vezes, nem tanto) nas águas do rio, observando a paisagem… é muito divertido! O boia cross consiste em descer o rio em cima de uma grande boia. E, no caso do Duto do Quebó, a boia é individual e há um item a mais: o percurso atravessa uma caverna, a Caverna de Cerquinha.
O Duto do Quebó fica a 38 km da Vila, sempre por estrada de chão. A estrada é bem sinalizada.
Chegando lá, já com sol e céu azul, fomos convidados a colocar o capacete e o calçado (equipamentos obrigatórios) e o colete (opcional; o rio estava na altura do joelho).
Então cada um pegou sua lanterna e sua boia e, depois de uma pequena caminhada, estávamos na margem do rio. O guia local explicou a forma correta de sentar na boia e iniciamos a descida. Éramos cinco pessoas, incluindo o guia.
Deixamos a correnteza levar as boias, flutuando e girando ao sabor da água… às vezes ela nos leva até a margem e aí entendemos a obrigatoriedade do calçado: é um pequeno empurrão com os pés que nos traz de volta ao percurso… há que sempre tomar cuidado com as pedras e galhos.
Falando em percurso, ele tem 2 km, que passam rapidinho… Num determinado ponto, a caverna se aproxima. Uma corda do lado de fora faz com que paremos. Dali, a pedido do guia, nos juntamos todos, segurando nas boias uns dos outros, e lanternas a postos, entramos na caverna, escura e cheinha de morcegos. É um tanto difícil observar a caverna lá dentro, mesmo com as lanternas: estamos em movimento, segurando as boias e as lanternas… Dá pra ver apenas um pouco das formações e do brilho das rochas… são cerca de 200 metros de travessia da caverna (o guia nos informou 300 m), que tem 10 m de altura; quando, então, podemos nos soltar e prosseguir na descida do rio.
No final do percurso, uma kombi está à espera, pra levar-nos de volta, junto com as boias, para a sede da fazenda.
Ao que nos pareceu, o passeio atrai mais pela aventura, embora talvez pudesse ser mais explorado no sentido de mostrar melhor a caverna e suas formações. De qualquer forma, foi uma agradável surpresa.
Logo na saída da propriedade, há um local indicado como Ponte de Pedra. É uma “ponte” sobre o Rio Quebó, naturalmente esculpida na rocha. O curioso é que o tráfego de veículos passa sobre ela, na estrada pra o Duto. Pena que, quando estivemos lá, o local estava muito mal cuidado, cheio de mato, não dando nem pra ver direito.
Algumas informações adicionais…
– o passeio dura por volta de 1h, já no atrativo;
– a infraestrutura de recepção é simples, mas conta banheiros e vestiários;
– há possibilidade de almoço, que deve ser agendado;
– custo do passeio: R$75,00, por pessoa, incluindo os equipamentos.
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* Este não é um post patrocinado. O espírito do blog é de narrar histórias e experiências, de forma que esse escrito reflete unicamente a opinião dos autores.
**Viagem realizada em junho de 2018. Valores informados também correspondentes a junho de 2018.