
No dia seguinte (domingo), fomos, com o guia Jaci, conhecer a Cidade de Pedra e o Vale do Rio Claro. Dia aberto o suficiente pra vermos os atrativos e tirarmos boas fotos.
Começamos perto das 9h30, porque houve uma pequena dificuldade em arrumar um guia (Jose não dispunha de carro com tração… nem nós…). Esses passeios, que tomam o dia inteiro e estão dentro do Parque, necessitam de carro com tração e de acompanhamento de guia. O Vale do Rio Claro pode ser feito a pé, mas, nesse caso, não tem como juntar com a Cidade de Pedra.
É preciso, antes de partir em direção ao atrativo, passar na sede do Parque pra fazer o registro e pegar a chave dos atrativos (que ficam fechados por cancelas com cadeado), o que deve ser feito até as 12h, sendo que é necessário autorização prévia, que deve ser feita pelo condutor autorizado, até 11h30 do dia do passeio. A entrada no parque é gratuita.

Primeiro fomos à Cidade de Pedra, cujo nome vem das formações rochosas encontradas no local. Antes, era possível chegar até bem perto de muitas dessas formações. Hoje, veem-se apenas algumas poucas (uma pena!), como o Portal da Cidade de Pedra (as demais estão com acesso proibido).
Portal da Cidade de Pedra
Formações rochosas na Cidade de Pedra
As grandes estrelas do passeio são, então, os mirantes, na beira dos paredões da Chapada dos Guimarães, de onde é possível contemplar o Vale do Rio Claro, em toda a sua vida, num contraste, além disso, com o cerrado e as veredas, o vale do rio propriamente, as áreas de nascentes… num desnível de aproximadamente 350 metros.

Nos paredões, onde as araras fazem seus ninhos, a vida é colorida, e elas saem, ruidosas, em sobrevoos em dupla, pra nossa alegria… Ainda é possível ver urubu rei (não deu pra fotografar…), coruja buraqueira, outras aves como seriema. Vimos também pegadas de pacas.


O acesso à Cidade de Pedra é feito, a partir da Chapada dos Guimarães, por 10 Km de estrada de asfalto (MT 251), na direção de Cuiabá, seguindo-se por mais 18 Km de estrada de areia fofa; por isso a necessidade de carro tracionado. Do estacionamento, segue-se uma pequena caminhada de 500 metros, até os mirantes.

Pela distância e qualidade da estrada, bem como pelo fato de termos saído já um pouco tarde, decidimos não parar pra almoçar (comemos lanches de trilha) e seguir pra o Vale do Rio Claro… pra ver de baixo o que estávamos vendo de cima.
Voltamos à MT 251, pra pegar outra estrada de areia e assim acessar o vale do rio.

Nossa primeira parada foi o Poço Verde, um poço de água cristalina, esverdeada, formado pelo próprio rio, que estava cheio de pequenos peixes. Ali, é possível tomar banho e fazer uma pequena flutuação (tomamos apenas banho). A água, aqui, é um pouco mais quentinha (rsrsrs), já que vem de nascente próxima; e atrai, especialmente, pela transparência.
Poço Verde
Saindo do Poço Verde, uma pequena caminhada nos levou novamente ao veículo. Mais estrada de areia e estávamos próximo à Crista de Galo, uma elevação que permite ver o vale em 360°, além de dar uma visão maravilhosa dos paredões areníticos e das morrarias e veredas.
Pra nós, esse foi o ponto alto do dia: os paredões iluminados pelo sol são belíssimos! Novamente, o contraste dos paredões com o céu e a vegetação dá um colorido especial.

A subida à Crista é curta, mas não exatamente fácil. São muitos degraus de pedra, alguns bastante altos, alguns “arrumados” pra funcionar como degraus e permitir a subida. Subi e desci com o auxílio de um bastão. Mas, a subida é totalmente recompensada com o visual que se tem lá de cima.
Em verdade, não se sobe propriamente na Crista. Subimos em uma elevação e a Crista aparece bem à nossa frente; ela é uma muito curiosa formação de arenito, que se assemelha a uma crista-de-galo. As formações areníticas, em geral, se dão em camadas horizontais e a Crista tem camadas verticais, não se sabe bem o porquê; uma explicação é que era uma formação horizontal, cuja erosão na base fez desmoronar, colocando-a na posição vertical.


Seja como for, é uma visão imperdível!
Após a descida, pegamos novamente o carro e rumamos pra um novo poço para refrescar, o Poço das Antas (o nome vem do fato de ser lugar onde as antas costumam vir), também de água cristalina. Como fica já bem próximo à nascente do rio, sua água é menos fria.
Poço das Antas
Após um banho refrescante, pegamos novamente o veículo para a volta; era preciso estar de volta à sede do Parque antes das 17h, para devolver as chaves. Chegamos 16h45!
Os paredões da Chapada, no caminho de volta, iluminados pelo sol do entardecer…
O dia passou rápido, envolvidos que estávamos nas belezas da natureza!

Para o passeio, embora estivéssemos no carro boa parte do tempo, foi importante estar de calçado fechado, principalmente na subida da Crista de Galo, levar água e proteger-se do sol.
Daí, voltamos à cidade, onde Jaci nos deixou na pousada.
Saímos, ainda, pra jantar, no Restaurante Garôa.
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* Este não é um post patrocinado. O espírito do blog é de narrar histórias e experiências, de forma que esse escrito reflete unicamente a opinião dos autores.
**Viagem realizada em junho de 2018. Valores informados a também correspondentes a junho de 2018.
Lindo artigo com belíssimas fotografias, parabéns!!
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Obrigada!
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