
O nosso primeiro dia de passeios em Chapada dos Guimarães amanheceu ainda completamente nublado e com muito nevoeiro.
Por indicação das donas da pousada, planejamos fazer o Circuito das Cavernas, já que, pra ele, não é preciso tempo muito bom, porque as estrelas da atração são, justamente, cavernas.
Fizemos contato, na noite anterior, com a guia Jose, que nos acompanharia nesse e em outros dias da viagem.
Em Chapada dos Guimarães, os guias costumam marcar o início dos passeios pras 08h30; mas, como na pousada em que estávamos o café era servido a partir das 08h, pedimos pra iniciar às 09h.
Pontualmente, Jose estava lá. Saímos em nosso carro, pra um percurso de cerca de 45 km de asfalto e depois mais 11 km de estrada de terra (com acesso pela MT 251, sentido Campo Verde), com muito nevoeiro na estrada.
O Circuito das Cavernas fica numa propriedade privada, cujo valor da entrada foi de R$85,00 por pessoa, incluindo a volta de trator (a trilha tem opção de ida e/ou volta de trator – no nosso caso, foi um ônibus; não perguntamos quanto era sem o trator/ônibus).
É possível encomendar almoço, na fazenda, para o final da trilha (R$40,00 por pessoa); mas, como já iríamos iniciar a caminhada por volta das 11h e pretendíamos voltar no trator mais tarde (15h30), o almoço ficou inviável e acabamos comendo o lanche que levamos.
Nessa e em outras trilhas, usamos perneiras de couro pra proteger de picadas de cobras e de batidas em pedras e galhos.
A trilha tem cerca de 8 km, em meio à vegetação do cerrado, e nos demoramos cerca de 4h30 para percorrê-la… mas avisando que gostamos de caminhar num ritmo mais lento, fotografando e filmando as coisas…
A trilha, no Circuito das Cavernas
O início da trilha é na sede da fazenda Água Fria e desde lá o tempo já deu sinais de melhora, ao menos naquela direção (conhecemos pessoas que, no mesmo dia, tentaram fazer a trilha do Morro São Jerônimo, mas não conseguiram por causa do nevoeiro); no final da trilha já tínhamos sol e céu azul.
Durante a trilha, visitamos três cavernas.
A primeira é a Aroe Jari, cujo nome indígena significa “morada das almas”, e é a maior caverna de arenito no Brasil, com 1.550 metros. Desses, apenas uma pequena parte é visitada.

É uma caverna onde a “boca” já é a entrada do primeiro salão, conhecido como Salão do Chuveiro, por conta de uma pequena queda d’água que lembra um chuveiro.
Interior da Caverna Aroe Jari – Salão do Chuveiro
Lá, observamos especialmente a formação da rocha arenítica, com suas camadas; o que torna a caverna bastante “delicada”, pois a rocha se dissolve ao toque. A despeito do tamanho da entrada, basta entrar um pouco na caverna pra termos a presença da escuridão, necessitando de lanternas para observações e movimentação. Não passamos desse salão; o restante da caverna estava alagado.
A segunda é conhecida como Gruta da Lagoa Azul, uma pequena caverna, alagada por águas de coloração azul, em decorrência do arenito. É um local de observação, e muita fotografia(!), não sendo possível entrar na água (apenas as antas que habitam o lugar tem essa permissão… rsrsrs).

A gruta tem duas aberturas, sendo que, a menor, apresentava a coloração azulada mais forte, provavelmente pela luminosidade da hora do dia.
A terceira é a caverna Kiogo Brado, nome indígena que significa “morada dos pássaros”. Também de formação de arenito, frágil portanto, pode ser atravessada em passarelas de madeira. É uma caverna pequena no comprimento, mas que impressiona, por seu teto muito alto, de cerca de 30 metros.

Lá observam-se também as “lâminas” do arenito e se vê claramente a passagem da água, que, com o tempo, vai mudando sua configuração… há um curso d’água que cruza toda a caverna.
A rocha arenítica


Na trilha, há paradas, ainda, em formações rochosas curiosas, como a Ponte de Pedra e a Pedra do Equilíbrio; e a possibilidade de conhecer a Cachoeira do Relógio (que não visitamos).
A Ponte de Pedra

Tivemos uma verdadeira aula sobre as cavernas e o bioma que visitamos, com Jose nos ofertando muitas informações, que sequer conseguimos reproduzir; aprendendo sobre a fragilidade dessas cavernas e a necessidade de visitá-las com respeito e cuidado.
Detalhes da natureza do cerrado
Como fizemos a volta de ônibus, tivemos ainda uma parada num mirante, com vista pra planície cuiabana. Bem bonito, com as cores da tarde.
A Planície Cuiabana e o ônibus que nos transportou

Voltamos pra cidade, deixamos Jose e tentamos ir pra Janela do Céu (falamos do lugar depois), pra ver o pôr do sol. O caminho é numa extremidade oposta da cidade. Seguimos, mas, quando pegamos a estrada secundária, à medida que nos aproximávamos, a neblina aumentava; fomos até o ponto onde fica o radar da Aeronáutica (cerca de 1 km do estacionamento do Alto do Céu), quando a neblina já quase não nos permitia ver a estrada.

Desistimos e decidimos voltar. Na rodovia estadual, o tempo estava aberto. Tentamos ver o pôr do sol dali mesmo… meio estranho, fugindo dos fios de eletricidade e do trânsito, mas, mesmo assim, presenciamos mais um lindo colorido na despedida do sol…
À noite, jantamos uma deliciosa pizza na Pizzaria Manjericão… massa fininha… excelente!
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* Este não é um post patrocinado. O espírito do blog é de narrar histórias e experiências, de forma que esse escrito reflete unicamente a opinião dos autores.
**Viagem realizada em junho de 2018.Valores informados a também correspondentes a junho de 2018.
Blog MARAVILHOSO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Senti-me estimulada pra conhecer e explorar esses lugares paradisíacos . Porque Somos Do Mundo!!!!!!!!!!!!
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Obrigada! Ficamos felizes que tenha gostado! Nosso objetivo é esse: estimular as pessoas a viajar! Porque somos do mundo!
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