
A gente gosta de Chapadas… que são áreas de terra elevadas, com topo relativamente ou essencialmente plano, de dimensões consideráveis. Aqui no Brasil, são formações típicas e que, em geral, estão localizadas em áreas de intersecção de biomas, o que lhes dá feições curiosas, de vegetação e clima, por exemplo, resultante da mescla desses diferentes biomas, como o cerrado e a amazônia.
Por esse gostar, é que decidimos conhecer algumas das Chapadas do Brasil; ao menos, no que nos seja possível, já que, pelas suas dimensões e riquezas de atrativos naturais, é praticamente impossível conhecê-las todas.
São regiões maravilhosas, de contato com a natureza, cheias de cachoeiras, rios, formações rochosas interessantes, que nos permitem sempre atividades que incluem caminhadas e banhos de rio… e isso vem quase sempre junto com deliciosas culinárias típicas, com ingredientes regionais. Adoramos!
E daí nasceu o que brincamos de chamar de “Projeto Chapadas do Brasil”.
A Chapada Diamantina, situada no estado da Bahia, nós conhecemos parte dela antes da existência do blog, tanto em seu lado Norte, na região de Lençóis, Mucugê, Andaraí, quanto no lado Sul, na região de Rio de Contas, já perto da divisa com o estado de Minas Gerais. Quem sabe um dia, a gente conta essas histórias…
Ano passado (2017), estivemos na Chapada das Mesas, no Maranhão e as histórias dessa viagem deliciosa você pode ler a partir desse link.
E a escolhida deste ano (2018) foi a Chapada dos Guimarães, no estado de Mato Grosso.
A Chapada dos Guimarães, que tem cidade e parque nacional homônimos, está muito próxima da capital do estado, Cuiabá (aliás, a unidade de conservação Parque Nacional da Chapada dos Guimarães está situada nos municípios de Chapada dos Guimarães e Cuiabá), e, a despeito dessa proximidade, consegue sobreviver em seu estado natural.
A cidade de Chapada dos Guimarães está situada a apenas 64 quilômetros de Cuiabá e é a cidade-base pra se explorar a Chapada dos Guimarães. A propósito, a primeira denominação da cidade foi Sant′Ana da Chapada, passando a Chapada de Cuiabá, para depois, Sant′Ana da Chapada de Guimarães, para, por fim, Chapada dos Guimarães. É interessante que a designação “Guimarães”, ao contrário do que parece, não vem de alguma família da região, mas sim do município português de Guimarães; sendo que a origem dessa relação passeia entre a semelhança das regiões, em termos climáticos, e a necessidade de adoção, em tempos de relações difíceis entre Portugal e Espanha, de nomes, aqui no Brasil, que nos vinculassem mais à origem lusitana.
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A gente não teve facilidade de encontrar informações sobre a Chapada dos Guimarães. Os relatos, além de, em geral, serem de dois ou três dias (o lugar é um destino regional muito procurado em feriadões), não davam muitos detalhes sobre como acessar os atrativos locais. E, diferentemente da Chapada das Mesas, que encontramos um pacote muito bom, através de agência (e com preço menor que a viagem avulsa), na dos Guimarães, os pacotes incluem sempre outros destinos, como Bom Jardim – Nobres (que vamos falar depois) e o Pantanal, reservando pouquíssimo tempo pra Chapada.
Decidimos, então, ir “por conta”, levando algumas anotações e deixando pra ver lá, o que fazer.
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NOSSOS DIAS NA CHAPADA DOS GUIMARÃES…
Chegamos a Cuiabá, num final de manhã, onde alugamos um carro. Almoçamos na capital mesmo.
O tempo estava muito nublado e assim foi até Chapada dos Guimarães, onde encontramos uma cidade completamente coberta de nevoeiro, em pleno meio da tarde. Na estrada, ainda conseguimos ver um pouco dos paredões, característicos da região (foto que abre o post); mas, à medida que nos aproximávamos da cidade, o nevoeiro se tornava mais espesso. Pela condição do tempo, não fizemos as paradas comuns na estrada, na Cachoeira Véu de Noiva e no Portão do Inferno; tivemos que voltar depois.
Fomos primeiro à pousada onde havíamos feito reserva e, após deixarmos nossas bagagens, saímos pra dar uma volta na cidade. Mas o nevoeiro estava ainda mais forte. Não era possível ver nada. E a temperatura estava baixa. Decidimos voltar pra pousada, pra descansar um pouco (nosso voo tinha saído de Aracaju às 03 h da manhã).

No início da noite, saímos pra comer e a cidade continuava coberta de nevoeiro, o que dava um ar curioso, especialmente com a iluminação da praça principal, a Dom Wunibaldo.
Comemos no Cantinho da Tapioca. Uma delícia! Recomendamos!
E fomos dormir.
Nos próximos posts, a gente conta como foram nossos dias deliciosos e cheios de natureza, na Chapada dos Guimarães.
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* Este não é um post patrocinado. O espírito do blog é de narrar histórias e experiências, de forma que esse escrito reflete unicamente a opinião dos autores.
**Viagem realizada em junho de 2018.