A previsão de dia de sol se confirmou. Tínhamos combinado com Jose pra fazer o Circuito das Cachoeiras, no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

Às 9h, lá estava ela. Pegamos a estrada e logo chegamos à entrada do Parque, que fica a cerca de 11 Km da cidade, em asfalto.

A entrada no Parque é gratuita, mas, a maioria das trilhas exige agendamento e acompanhamento de guia, como é o caso do Circuito das Cachoeiras. O agendamento deve ser feito pelo condutor autorizado até 11h30 do dia do passeio.

É importante registrar que, atualmente, a entrada no parque deve acontecer até o meio-dia (para todas as trilhas, inclusive as autoguiadas), para que o visitante tenha tempo de retornar antes do fechamento do parque, às 17 h.

Cachoeira Sonrisal

O Circuito é formado pelas águas do córrego Independência, que desce pelo cerrado formando algumas cachoeiras. Todas são liberadas para banho, exceto a Cachoeira Independência, que também é conhecida como Cachoeira dos Malucos. A água tende pra fria, o que faz com que os banhos não sejam demorados.

A trilha tem cerca de 6 km, ida e volta, e não apresenta grandes dificuldades; e nós levamos cerca de cinco horas para percorrê-la, em ritmo leve, embora sem grande demora nas paradas para banho, ou mesmo sem elas.

A despeito de ser uma trilha para banho, é importante usar calçado fechado; nos fizemos usando papete e eu acabei cortando o pé num capim; nada grave, mas que doeu um pouco e exigiu cuidados nos dias seguintes. Além disso, também é importante levar água e lanche, além de proteção contra o sol, porque parte considerável da trilha não tem sombra.

Nós visitamos as Cachoeiras Sonrisal, Pulo, Degraus, Prainha e Andorinhas. São cachoeiras bonitas, cada uma com sua característica.

Entre a cachoeira da Prainha e a das Andorinhas, há duas Piscinas Naturais.

E, no início e no fim da trilha, passamos pela imponente Cachoeira Véu de Noiva (que não está incluída propriamente no Circuito – já que pode ser visitada sem guia –, mas está no caminho). Belíssima, especialmente na volta da trilha, iluminada pelo sol.

A Cachoeira Véu de Noiva apenas pode ser vista a partir de um mirante. A visitação à sua base foi proibida, após um acidente fatal, anos atrás. O mirante tem acesso pela entrada principal do Parque e do estacionamento até o mirante, a trilha tem aproximadamente 550 metros, onde a dificuldade são os trechos em declive, em piso de areia e sem sombra.

A Véu de Noiva é formada pelas águas do Córrego Coxipozinho, tem 86 metros de altura e suas águas caem de um paredão de arenito, num vale em forma de ferradura, onde o contraste entre o paredão vermelho, o verde da vegetação e o azul do céu fazem, da paisagem, uma pintura.

Voltando da trilha, almoçamos no Restaurante Pomodori e partimos pra ver o pôr do sol no Alto do Céu.

O Alto do Céu é um mirante, com vista pra a planície cuiabana, mas também pra o pôr do sol, por isso mesmo, muito procurado ao entardecer.

O acesso se dá pela MT-251 e é bem sinalizado. Da rodovia, é preciso seguir por uma estrada secundária e depois por uma estrada de terra (cerca de 1 km), num total de 17 km, até chegar a um estacionamento, onde se paga R$20,00 por pessoa. Depois, uma caminhada de 800 m, que, pela pressa, percorremos em menos de 10 minutos.

No local, uma plataforma de madeira e algumas “molduras” rendem boas fotos.

No dia em que fomos lá, estava bem concorrido, com uma turma de estudantes de fotografia e algumas noivas fazendo fotos. Achamos estranho, porque a pessoa que estava organizando o local (a mesma que cobra o ingresso), solicitava que os visitantes ficassem em cima da plataforma (e não nas pedras, mais abaixo), argumentando que havia risco de cobra (o que é verdade) e que era exigência do Ministério Público (?); mas, ao mesmo tempo, permitia que as noivas continuassem fazendo suas fotos nas pedras…

Seja como for, foi um lindo entardecer e ficamos até depois do sol se esconder, vendo o colorido do céu. Como voltamos depois de estar escuro, vimos como foi importante termos uma lanterna pra iluminar o caminho de volta… Leve uma também!…

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* Este não é um post patrocinado. O espírito do blog é de narrar histórias e experiências, de forma que esse escrito reflete unicamente a opinião dos autores.

**Viagem realizada em junho de 2018.  Valores informados a também correspondentes a junho de 2018.